sexta-feira, 29 de abril de 2011

COMO INCLUIR SKATE NO GUIA DE VIAGENS DO RIO?

Pergunta difícil com várias respostas complexas e imprecisas. Comprei um Guia de Viagens de Barcelona, direcionado para roteiros que podem ser feitos a pé. Ainda não o li mas o "Passeio 11" me chamou muito atenção pelo titulo e pela ilustração. “Alto Raval: arte, música, lojas e skate”, é um passeio que passa pelo MACBA (pico que dispensa apresentações) e a foto ilustrativa ao invés de mostrar a arte, a musica ou as lojas da aréa retrata alguém remando.
  Quando vi essa imagem me lembrei de uma matéria que li na revista da Gol há uns 4 meses sobre a soberania atual da Espanha nos esportes. A matéria faz menção à seleção Espanhola, atual campeã mundial de futebol, à Fernando Alonso, corredor de Fórmula 1, ao tenista Rafael Nadal dentre outros esportista que são destaques em suas modalidades. O autor do texto traçou uma linha de raciocínio interessante mostrando que todo o resultado alcançado nos dias de hoje é fruto da Olimpíada de 92 sediada em Barcelona. Graças as obras e reformas realizadas para o evento esportivo Barcelona se tornou, além de referencia esportiva,  ponto fundamental de estudo da arquitetura moderna e, no nosso caso e para nossa alegria, a arquitetura urbana mais completa e sob medida para a prática do skate.



Trazendo essa realidade para o solo brasileiro temos a seguinte realidade: os dois maiores eventos esportivos do mundo serão realizados no Brasil no prazo de 2 anos entre eles. Isso significa “progresso”, “emprego”, “aeroportos”, enfim, não vou entrar nesses méritos. Vamos apenas tocar no que é visível; cidades sede da copa e o Rio de Janeiro (sede da Olimpíada) viradas em verdadeiros canteiros de obras, o que significa grande esperança de novos picos para nós. Daí a pergunta: Será o Rio a futura “Barcelona” brasileira? Como incluir o skate no Guia de Viagens do Rio? Essas 2 perguntas geram uma discussão para alguns dias, e não possui nenhuma reposta que revele uma fórmula perfeita para que esse sonho se torne realidade. A única resposta, que nã verdade gera um outro questionamento é, NÃO ESTAMOS PREPARADOS, em nenhum campo dentro do skate e da sociedade, para absorver toda essa informação em favor do skate. Na minha opinião (em todas as formas de interpretação da palavra) a organização é o primeiro passo.
Enfim, o objetivo do post era trazer um pequeno comparativo e deixar a discussão para cabeça de cada um. Para fechar um vídeo que colocou o Rio no “Guia de NÃO Viagem” de alguns skatistas...


terça-feira, 5 de abril de 2011

SOMOS UMA PISTA, MAS VENDEMOS SONHOS CUSTOMIZADOS

Desde quando voltei de Los Angeles tenho vontade de fazer esse post. Vai sair meio “pelas coxa” porque a correria ta foda. Tive a oportunidade quase que única de conhecer o The Berrics (e o prazer de andar com o Luan e Tulio, assistindo o “Bangin” do Marquise Henry) e realmente, depois de ir até lá, tenho que tirar o boné para Mr Berra e Mr Koston. É bem legal, emocionante andar de skate lá, pela historia que já foi criada no skate através daquele galpão, mas não é nada de mais. Na verdade o Berrics é o maior Disruption* já realizado no skate de todos os tempos.

 O Berrics nada mais é que a maior loja virtual de produtos de marketing do mundo. Vende shapes assinados de serie especial da marca própria (inclusive com skatistas que já possuem shapes em outras marcas), mídia, webbanners, assessórios e atualmente até apostas para a nova Battle Of Berrics. E tudo isso a base da troca: eu te ofereço um espaço para divulgar seu nome com todos os recursos que temos disponível e você me oferece sua imagem para divulgação do “nosso” produto. É um galpão com alguns obstáculos perfeitos, localizado em uma esquina qualquer do centro de Los Angeles, que vende sonhos para todo o mundo.



Apenas aproveitando, no mesmo dia conheci a Fantasy Factory do Rob D. Para não prolongar muito post gostaria apenas de pontuar algo em comum nas duas iniciativas, não são coisas novas, não foram criadas e sim adaptadas para o skate. É uma coisa que percebi das evoluções de ações e marketing do skate americano e no próprio skate, uma evolução que segue o caminho de outros campos do marketing, tecnologia e digital e de outros esportes como o basebol, ou o Street Legue é algo novo?

Enfim, para finalizar esse post embolado, o que fica de lição para mim é: especialização e conhecimento, para trazermos novidades ou adaptações para o skate brasileiro, e principalmente colaboração mutua, mas não os colabs que vem sendo feito no Brasil entre marcas ou empresas neutras, e sim de marcas, empresas e skatistas com o objetivo do crescimento, do beneficio mutuo. Para o skate no Brasil aquele velho ditado “a união faz a força” está um pouco esquecido.

(Vou ilustrar com o Bangin do Luan para ficar mais tranquílo ler esse post)


*Para que não sabe o que é disruption, é uma técnica de marketing (que é a técnica mais difícil na minha opinião e a que sonho e realizar no skate no Brasil) onde se cria e se ativa algo para vender outra. No Brasil a campanha do Nissan Sentra foi a mais premiada Clique aqui e saiba mais

domingo, 27 de março de 2011

THE AMERICAN DREAM PODE SER VIVIDO EM QUALQUER LUGAR!


Há uma semana estava eu, Naroga, de férias em Los Angeles. Essa experiência com certeza vai reder (se o tempo me for generoso) alguns muitos post nesse me blog recém criado e já abandonado. De todas as vezes que fui aos EUA (e todas elas à trabalho) essa foi a quem mais me trouxe experiências profissionais e o motivo é bem simples, nada melhor do que a prática para trazer ensinamentos. Além disso, como diria RZA em seu livro “The Tao of Wu ”, o dom de ouvir é o que mais traz Sabedoria e Conhecimento e nessa tour ouvi bastante, histórias, teorias, verdades e opiniões. Dessas conversas ouvi umas das verdades mais obvias da diferença entre o Brasil e os EUA, não só no skate mas de uma forma geral, os americanos não têm medo de arriscar, de apostar! Meio obvio né? Mas dessa vez fez muito sentido para mim o porque do tamanho da diferença profissional, cultura e econômica dos dois países. E muitos devem dizer, arriscam e apostam porque tem dinheiro, mas não necessariamente dinheiro e “acreditar” estão diretamente conectados (papos para um novo post).  Para fugir um pouco do skate gostaria de citar o maior apostador de todos os tempos na minha opinião, Mr. Steve Jobs. Suas apostas conseguem mexer com a economia e tecnologia das pessoas, empresas de todo o mundo. Sua empresa, a Apple, é a capitã da categoria por muitos anos e serve de molde para as copia de e evolução das outras empresas. Infelizmente ou felizmente estamos refém desse cara, dependemos dele para saber para onde vamos...


Nessa viagem conheci o empreendimento de 3 skatistas que arriscaram sem medo, o The Berrics, de Steve Berra e Erick Koston, e a Fantasy Factory, de Rob Dyrdek. Para essas experiências pretendo fazer um post especifico mas gostaria de citá-los para ilustrar e prevenir que o futuro do skate sempre esteve e está na mãos de pessoas que inventam coisas ou trazem algo de fora que é novo do skate. Vou deixar por enquanto apenas a foto desse dia, com certeza um dos melhores da minha vida! (valeu Tulio e Luan) Estamos reféns deles, do Tony Hawk, do Bob, de Steve Williams, e de tantos outros para saber para onde vamos. E aqui no Brasil? Até quando vamos seguir parâmetros? Até quando vamos nos questionar “me cite pelo menos um caso de que isso deu certo”? Quando vamos ser os primeiros a dar certo para sermos copiados? Dizem que somos bons em tudo que fazemos e eu realmente acredito, está na hora de mostrar para o mundo que somos criativos, empreendedores, e que nossa riqueza esta acima dos ombros...holla!



segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

ENVIO-TE MEU CURRICULO

Hoje, 28/02/11, estou stressado! Joelho doendo muito, não consigo andar direito quanto mais andar de skate. Então resolvi fazer esse primeiro post, sem muito blábláblá, sem um português bem trabalho, sem revisão, sem censura...

No skate não existe currículo ou portfólio, a própria vida do skatista é sua identidade, sua apresentação. Mas suponhamos que você recebesse esse currículo para “a vaga” de skatista na sua marca:
- Capa e entrevista de varias revistas;
- Parte em vários vídeos;
- Produtos assinados com ótima venda pelas marcas que passei;
- Ótimas colocações em campeonato;
- Norte Americano.
- Tenho 37 anos
- Atualmente estou empregado.

É resumo é um currículo de peso que só não poderia ser traduzido para o português (brasileiro), as duas últimas linhas não andam juntas no Brasil, as marca brasileiras tem aversão à skatistas acima dos 30.

No final de 2010 uma notícia abalou o skate brasileiro (e a mim em particular) quando Rafael Russo, o skatista brasileiro com maior tempo em uma marca, foi demitido. A questão é que a repercussão e abrangência do assunto vão além da demissão.  O episódio traz ao skatista brasileiro uma insegurança de sua carreira muito grande já que, ele consegue patrocínio aos 17, se torna PRO aos 25 e aos 30 anos é forçado a se aposentar e sem direito algum. Ainda, a renovação rápida de ídolos tira a referência de uma geração, que se espelha em alguém que em pouco tempo passará da condição de ídolo para skatista desempregado. A necessidade de criação de ídolos é algo preocupante, força ou forjar um ídolo além de caro é problemático e é o que hoje se tenta fazer no Brasil.

Seguindo um raciocínio bem simples é fácil saber por que as marcas mantêm ou contratam skatistas mais velhos (se é que podemos chamar alguém de 30 ou 35 anos de velho no skate) na América. Skatistas de outras gerações (acho que achei o termo certo) já possuem uma estrutura de carreira formada, com sua historia que passa ser “propriedade” da marca, podendo ser explorada pela mídia, etc, trazendo retorno de investimento para o contratante. A lógica é simples: uma mídia entrevistaria um amador que acabou de se profissionalizar ou alguém que é profissional há alguns anos e tem historias da carreira de PRO para contar? Pode ser relativo, mas, a tendência é ir a que tem algo interessante para apresentar. A Converse nos EUA, por exemplo, tem 11 skatistas, 9 profissionais onde 4 estão acima dos 30 anos.

Ainda bem que temos marcas com a mais nova do mercado Liga Trucks, do próprio Rafael Russo, que já utilizou dessa lógica e vem colhendo bastantes frutos!

Enfim, o “currículo” acima é do Ronnie Creager (Ronnie Incrível para minha geração) que aparece nesse vídeo feito pela Blind em comemoração ao seu 37º aniversário e andando pouco, coitado. Blind que, inclusive, contratou no final do ano a lenda Sean Sheffey, também com 37 anos e muita historia para contar. Mas o currículo poderia ser facilmente de James Bambam, Rafael Cabral, Wagner Profeta, de tantos outros que influenciaram minha geração e tiveram a carreira prematuramente interrompida. Temos que dar graças por existirem skatistas como Biano Bianchin e Fabio Cristiano que conseguem ainda, mesmo depois dos 30 e muitos anos, andar de skate com a disposição e manobras de qualquer skatista de 20, e sobreviver de skate no Brasil.



Obrigaaaaaaaaaahhhhh!

OBS.: Esse post descreve uma opinião pessoal, sendo passiva de comentários, opiniões e críticas.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Coming soon...

Muita coisa na cabeça, muita coisa para compartilhar, ideias, raciocínios, levantamentos, concepções, emoções, constatações...enfim, um monte de "ões" além da cena do skate que podem ser úteis para o aprimoramento do profissional de marketing, desenvolvimento, vendas, trade que trabalham diretamente com o mercado de skate..

Em breve (deixa eu ter tempo)